sexta-feira, 2 de abril de 2010

ESPERO QUE ESTA MENSAGEM EDIFIQUE SUA VIDA COMO EDIFICOU A MINHA.




Eu acho  que a gente vive tão mal, que às  vezes a gente precisa perder as pessoas  pra descobrir o valor que elas têm.  Às vezes as pessoas precisam morrer pra  gente saber a importância que elas tinham,  e isso aconteceu uma vez na minha  vida.
Estava eu  na minha casa, de manhã, quando recebi  um telefonema dizendo que minha irmã 
estava morta.  Minha irmã mais nova, cheia de vida...  de repente não existe mais.
Fico  pensando assim, que às vezes, na vida,  o ensinamento mais doído seja esse: quando  na vida nós já não temos mais  a oportunidade de fazer alguma coisa,   o inferno talvez seja isso -  a  impossibilidade de mudar alguma situação.  E quando as pessoas morrem, já não  há mais o que dizer, porque mortos  não podem perdoar, mortos não podem  sorrir, mortos não podem amar, nem tão  pouco ouvir de nós que os amamos.
Eu  me lembro que uma semana antes de  minha irmã morrer, ela havia me ligado.  Foi a última vez que eu falei com  ela, e eu me recordo que naquele  dia eu estava apressado, com muita coisa  pra fazer, e fiz questão de desligar  o telefone rápido. Sabe quando você  fala, mas fala na correria, porque você  tem muita coisa pra fazer? E foi  assim... se eu soubesse que aquela seria  a última oportunidade de ver minha irmã,  de olhar nos olhos dela, de falar  com ela, eu certamente teria esquecido  toda a pressa, porque quando a vida  é assim, e você sabe que é a  ultima oportunidade, você não tem pressa  pra mais nada. Já não há mais  o que eu fazer, e essa é a  beleza da última ceia de Jesus.

Não há pressa, o momento é feito  para celebrar, a mística da última ceia  está ali, Jesus reúne aqueles que pra  ele tinha um valor especial, inclusive  o traidor estava lá.
E eu descobri com isso, com a morte da minha irmã, que eu não tenho o direito de esperar amanhã pra dizer que amo, pra perdoar, para abraçar, dizer que é importante, que é especial.
O  amanhã eu não sei se existe, mas  o agora eu sei que existe, e às  vezes, na vida, nos perdemos... Eu me  lembro quantas vezes na minha vida de  irmão com ela, nós passávamos uma semana  sem nos falarmos, porque houve uma briga,  uma confusão. A gente se dava o  luxo de passar uma semana sem se  falar, e hoje eu não tenho mais  nem 5 minutos pra conversar com alguém  que foi importante, que foi parte de  mim.
Não espere  as pessoas morrerem, irem embora, não  espere o definitivo bater na sua porta.  Nós não conhecemos a vida e não  sabemos o que virá amanhã. Viva como  se fosse o último dia da sua história.  Se hoje você tivesse que realizar a  sua última ceia, porque é conhecedor  que hoje é o último de sua vida,  certamente você não teria tempo pra  pressa. Você celebraria até o fim, e  gostaria de ficar ao lado de quem  você ama.
Viver o  cristianismo é fazer a dinâmica da última  ceia todos os dias. Viva como se  fosse o último dia da sua vida;  viva como se fosse a última oportunidade  de amar quem você ama, de olhar  nos olhos de quem pra você é especial.

E depois que minha irmã morreu, um  tempo bem passado, eu descobrir porque  eu gostava tanto dessa música que vou  cantar agora. Ela não fala de um  amor que foi embora; o compositor fez  para a filha que morreu em um acidente;  então, fica muito mais especial cantá-la  e descobrir o cristianismo que está no  meio das palavras, porque é assim, quando  o outro vai embora
é que a gente descobre o tamanho do espaço que
ele ocupava.
“Não sei por que você se foi,
Quantas saudades eu senti,
E de tristezas vou viver,
E aquele adeus não pude dar...
Você  marcou a minha vida
Viveu, morreu
Na minha história;
Chego a ter medo do futuro
E da solidão
Que em minha porta bate...
E  eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você...

Eu corro,  fujo 
      desta sombra
Em sonho vejo
        este passado,
E na parede do
        meu quarto
Ainda está o seu retrato.
Não quero ver pra
            não lembrar,
Pensei até em
        me mudar...
Lugar qualquer que
        não exista
O pensamento em você... 
E  eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você...”
Eu  gostava tanto de você!
Eu gostava tanto de você!
Eu gostava tanto de você!
Eu gostava tanto de você!
Agora  o triste da música é que a gente  precisa conjugar o verbo no passado, a  pessoa já morreu, já não há mais  o que fazer.  Mas não tem nenhum  sofrimento nessa vida que passe por nós  sem deixar nenhum ensinamento...
Tem  que nos ensinar, não dá pra sofrer  em vão. Alguma coisa a gente tem  que extrair...
Extraia  o sofrimento e descubra o ensinamento.  Se ele algum dia me tocou e me  deixou algum ensinamento, eu faço questão  de partilhá-lo com você agora. Depois  da morte da minha irmã eu faço  questão de viver a vida como se  fosse o último dia.
Já que  o passado é coisa do inferno, e  a gente não está no passado, muito  menos no inferno, resta a possibilidade  de mudar o verbo, de trazê-lo para  o presente e de cantá-lo olhando para  as pessoas que são especiais. Quem sabe  cantando pra ela nesse momento...
Se ela  está ao seu lado, se você tem algum  amigo que mereça ouvir isso de você,  alguém que faz diferença na sua história...
Ao invés de
você dizer
que gostava,
você diz
que gosta!
Vamos  mudar o verbo! Vamos amar a vida!  Vamos amar as pessoas antes que elas  vão embora!
E eu...
EU GOSTO
TANTO DE VOCÊ!
EU GOSTO
TANTO DE VOCÊ!  

Mensagem recebida de um amigo querido